Um grupo de 29 Subprocuradores-Gerais da República representaram contra o cantor Sérgio Reis devido suas declarações no sentido de que caminhoneiros parariam o país até que o Senado afastasse os Ministros do Supremo Tribunal Federal – STF, mesmo tendo sido desautorizado por caminhoneiros e ruralistas.

Segundo a peça, o movimento que vem sendo organizado pretenderia obstruir rodovias, fechar portos, aeroportos e impedir a livre circulação de pessoas e bens, com a finalidade de pressionar o Congresso a implementar pautas bolsonaristas. De acordo com os Subprocuradores, a conduta caracteriza crime de incitação à subversão da ordem política ou social, além de incitação ao crime.

Diante dos graves acontecimentos que têm marcado a história recente do país, em particular as frequentes ameaças de ruptura institucional e de desrespeito à independência dos poderes e de seus integrantes, solicitamos a Vossa Excelência a distribuição desta representação a um dos membros oficiantes na área criminal, com vistas à adoção de providências que forem entendidas cabíveis”, diz a peça, que também trata dos prejuízos à saúde pública, em decorrência da Covid-19, que viriam a decorrer da paralisação, capaz de colapsar os serviços públicos.

A repercussão da mobilização do próximo dia 07 já vem se prolongando, em função de um áudio do cantor que vazou e vem circulando a internet. Na mídia, Reis dizia que promoveria um ato em Brasília em favor da aprovação do voto impresso e pelo afastamento de Ministros do STF.

“Eu, os caminhoneiros, os plantadores de soja, os que carregam navios para fora. Vão receber um documento assim: ‘vocês têm 72 horas para aprovar o voto impresso e tirar todos os Ministros do STF. Não é um pedido, é uma ordem’. (...) Se vocês não cumprirem em 72 horas, nós vamos dar mais 72 horas, mas nós vamos parar o país. Já está tudo armado. O país vai parar... tudo. Norte a Sul, Leste a Oeste. Os plantadores de soja vão colocar as colheitadeiras na estrada, ninguém vai andar de  carro particular, nem ônibus”, afirmou.

Em tom mais taxativo, disse que “enquanto o Senado não tomar essa posição que nós mandamos fazer, nós vamos ficar em Brasília, não sairemos de lá até isso acontecer. Se em 30 dias eles não tirarem aqueles caras, nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra”.