Segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE, no trimestre encerrado em maio a taxa de desemprego no Brasil é de 14,6%, como publicado hoje, 30. Assim, o indicar mantém relativa estabilidade com os trimestres anteriores, mas é o segundo maior já registrado, estando apenas um décimo de inteiro percentual abaixo do recorde de março e abril de 2012, quando o indicador era de 14,7%.

Em números, a projeção é de que o percentual represente 14,8 milhões de pessoas, considerando-se como desocupada qualquer pessoa que não tenha emprego e segue a procura de um, sendo levados em consideração tanto trabalhadores formais quanto informais.

Outro dado que chamou a atenção é o referente ao número de pessoas subocupadas, por insuficiência de horas trabalhadas, ou seja, que trabalham menos do que o desejado ou necessário. O grupo é representado por 7,36 milhões, um recorde da série histórica, com um aumento de 27,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O percentual representa elevação em 1,6 milhão de pessoas.

Para especialistas, a melhora do mercado de trabalho depende de uma firme retomada das atividades econômicas, já sendo possível verificar certo aquecimento com o avanço da vacinação contra a Covid-19, que é vista como fundamental para destravar, por fim, o setor de serviços, um dos principais geradores de emprego do país.

O que também merece destaque é o fato do alto registro de desemprego datar de um momento em que a inflação vem ganhando força no Brasil, uma combinação que dificulta as compras.

No último dia 20, o relatório divulgado pelo GNTC do Banco Mundial demonstrou que os reflexos econômicos da pandemia deverão afetar o salário dos trabalhadores por até nove anos, um impacto que virá a ser sentido, pelo olha da instituição, especialmente pelos profissionais com menor grau de qualificação, mais vulneráveis dentro do mercado portanto.

Mais um agravante é o fato do Brasil ter completado no mês de junho 12 meses sem qualquer aumento real de salários, como divulgado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, segundo quem o reajuste mediano foi de meros 0,6%, enquanto somente 27,4% das negociações de fato resultam em ganhos para os trabalhadores.Uma das cidades que vem oportunizou o ingresso no mercado trabalho, mesmo com os óbices da inflação e desaquecimento da economia, é Cerquilho, que apenas no 1º semestre deste ano gerou 791 novas vagas de emprego. De acordo com o Vereador Vincios Morás, “considerando apenas junho/21 foram 153 novas vagas, resultado é 482% melhor que o ano passado. E no acumulado de 12 meses é um saldo de 1.122 positivo”, considerando as admissões menos demissões.