O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu hoje (28) à União Europeia que permita a adesão imediata da Ucrânia, recorrendo para isso a um procedimento especial.
"O nosso objetivo é
estar ao lado de todos os europeus e, mais importante, ser igual. Estou certo
de que é justo. Estou certo de que o merecemos", afirmou Zelensky em vídeo
publicado nas redes sociais.
“Tenho a certeza de que é
correto. Tenho a certeza de que é possível”, disse ele.
Numa reação ao pedido
de Kiev, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que é
uma decisão que está gerando “opiniões diferentes” entre os
Estados-membros.
Zelensky já tinha pedido à
União Europeia a integração imediata da Ucrânia no sábado (26). “Está na hora
de encerrar, de uma vez por todas, a longa discussão e decidir sobre a adesão
da Ucrânia à União Europeia”, escreveu Zelensky no Twitter, depois de ter
conversado ao telefone com o presidente do Conselho Europeu, Charles
Michel.
A intenção da Ucrânia aderir
à União Europeia esteve na origem de uma revolta que levou ao afastamento do
presidente Viktor Yanukovych (pró-Moscou), em 2014.
O presidente ucraniano
apelou também aos soldados russos para que entreguem as armas.
"Larguem as armas,
saiam daqui, não acreditem nos vossos comandantes, não acreditem nos vossos
propagandistas. Salvem apenas as vossas vidas", disse Zelensky em mensagem
em russo, citada pela agência francesa AFP.
A presidência ucraniana
informou que vai exigir cessar-fogo imediato e a retirada das tropas
russas da Ucrânia.
Volodymyr Zelensky disse que
vai libertar presos que tenham experiência militar e que queiram unir-se
ao combate às tropas russas.
Ele lembrou que quando se
candidatou à presidência, afirmou que “cada um é um presidente”.