Meu ideal seria escrever para você, leitor desconhecido, anônimo, que anseia por uma palavra amiga. Meu ideal seria trazer um alento, uma esperança a todos os aqueles que, diante das dificuldades impostas pela vida, já perderam o encanto, a todos os que já se cansaram de viver.
Quisera ser “a palavra certa, na hora certa e para a pessoa certa”; quisera acender, no íntimo de cada ser, a centelha que clareia, a força que supera o cansaço, o sorriso que seca a lágrima,  o vigor  da mocidade, a irreverência inocente da criança...
Ah, se eu pudesse trazer  alegria a quem, na angústia e no desespero, enfrenta a doença ou se entrega ao desânimo, ao vício, à procura do nada... ah, se eu pudesse descortinar caminhos onde as pétalas das flores substituíssem os espinhos e amenizassem a dureza das pedras.
Ah, se eu pudesse trazer sabedoria aos ignorantes, não aos iletrados, mas aos carentes de  coração, de sentimento, de alma... ah, quisera ser a luz que norteia os justos e faz brilhar a chama do respeito, da irmandade, da união...
Meu ideal seria escrever a todos os que, indiscriminadamente, celebram a vida em seu verdadeiro sentido e percebem que a força... e o poder... e o riso... e a alegria estão dentro de cada um.