Vermelho

Essa cor viva de tantos tons 

Se confunde com que está em mim 

Também muitas são as nuances 

Dos tons terrosos, quando derrotada pela tristeza efêmera, dolorida, motivada.

Dos tons vívidos,

Me confundo, porque de mim escorre

É um vermelho bonito, que escorre enquanto a dor grita

Quem sabe do tom externalizado, a cada gota no chão

Uma dor a menos

Um problema a menos

Chamam o que sinto de depressão,

Eu chamo de vermelho, do sangue que arranco na dor

Eu chamo de cinza, a escala de cores que vejo no que antes tinha vida

Hoje sou mais um objeto inanimado

Vermelho,

Cada gota do riso que dei, das dores que senti

Inanimação, cinza, como me vejo,

VERMELHO. A cor que é vivida, mas em mim, é morte.