O Deputado Marco Feliciano – Republicanos disse em 2017 que o artista Caetano Veloso havia estuprado Paula Lavigne, com quem veio a casar mais tarde. À época, ela teria 13 anos.

O caso ganhou ainda mais repercussão após o pastor evangélico publicar nas redes sociais uma foto do cantor acompanhado dos dizeres “Senado aprova PEC que torna estupro crime imprescritível, Lavigne perdeu virgindade aos 13 com Caetano”.

Ocorre que quando Caetano e Lavigne se conheceram, não existia o crime de se manter relações sexuais entre maiores e menores de 14 anos, como é atualmente. A discussão se dava caso a caso, com base no comportamento do menor.

O juiz Nelson Ferreira Junior, da Justiça do Distrito Federal, afirmou que os dizeres de Feliciano, juntamente a falas concedidas em entrevistas, fazem parte do seu “exercício legítimo da liberdade de criticar”, razão pela qual haveria se falar em crime contra a honra.

Ainda, segundo o magistrado, não há provas definitivas de que o Deputado tenha agido com a intenção de difamar ou injuriar o cantor, “limitando-se apenas a debater assuntos que já eram, há muito, discutidos de forma contundente em redes sociais, inclusive, com relação à matéria constante da revista Playboy”.

A campanha contrária à Caetano começou depois que ele e Lavigne vieram à público apoiar o grupo #342Artes, defendendo o direito da liberdade de expressão e contrário à censura. Isto em função do cancelamento da mostra “Queermuseu” por conservadores, que apontaram nas obras blasfêmia e apologia à zoofilia e pedofilia.