A após plenário da Câmara dos Deputados decidir na noite de ontem, 11, pela rejeição da criação do chamado distritão, foi aprovada a retomada da possibilidade de coligações nas eleições para deputados e vereadores. A medida é resultado de um acordo entre os defensores da criação do distritão, que não tinham o apoio necessário, e a oposição, que entendem as coligações como “um mal menor”.

Esta é a terceira vez que a proposta de criação do distritão é rejeitada, tendo sido anteriormente em 2015 e 2017. Após aprovação em segundo turno da PEC sobre as coligações, ela seguirá para o Senado e, então, para promulgação até o início de outubro, devendo valer, portanto, para as eleições de 2022.

A votação feita às pressas foi motivada pela pressão posta sobre o Presidente da Câmara, Deputado Arthur Lira - PP/AL, por líderes de inúmeros partidos, mas os parlamentares, inclusive Rodrigo Pacheco - DEM/MG, entendem que ser difícil a aprovação no Senado da volta das coligações por falta de apoio.

Quanto deixaram de existir, o fim das coligações foi tida como uma das medidas mais elogiadas dos últimos anos e teve por finalidade sufocar agremiações de aluguel, reduzindo o número de partidos de modo geral, que ao todo são 33 atualmente. A pressão pelo retorno parte dos partidos médios e nanicos, que apenas coligados com siglas maiores são capazes de ocupar espaço no Legislativo.