A Procuradoria da República do Distrito Federal ratificou hoje, 06, uma denúncia da Operação Lava Jato contra o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva - PT, o ex-Ministro da Fazenda Antônio Palocci e o empresário Marcelo Odebrecht. O caso se refere à compra pelo Instituto Lula de um terreno e um apartamento, supostamente arcados pela empreiteira. 

O terreno serviria de sede ao Instituto, tendo sido avaliado em R$12 milhões, localizado em São Paulo. A cobertura valeria R$504 mil, se encontrando na Região Metropolitana de São Paulo. 

O petista veio a ser acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, figurando Palocci como intermediador. Em contrapartida, eles teriam atendidos a pedidos de favorecimento à Odebrecht em ao menos 08 contratos celebrados pela Petrobras.

A acusação foi feita em Curitiba pelo Ministério Público Federal e foi aceita pela Justiça em dezembro de 2016, pelo então juiz Sérgio Moro, no entanto, o Supremo Tribunal Federal - STF decidiu pela suspeição do magistrado, o que levou à anulação de todas as provas colhidas para fins investigativos. 

Na ratificação que aconteceu nesta sexta, o Procurador Frederico Paiva diz que “em razão do extenso lastro probatório” não haveria que se falar em nulidade a ser reconhecida, complementando que qualquer Procurador tem poderes para representar a denúncia à Justiça, que é a competência para decidir, afinal, se acolherá ou não a acusação feita. Caso positivo, as investigações serão retomadas.