Nesta quarta-feira, 1º, o plenário do Senado Federal aprovou o nome de André Mendonça para que possa ocupar o cargo de Ministro no Supremo Tribunal Federal – STF, com 47 votos favoráveis e 32 contrários. O nome foi aprovado no mesmo dia em sabatina realizada na Comissão de Constituição e Justiça – CCJ.

A relatora da indicação, Senadora Eliziane Gama – Cidadania/MA, defendeu a capacidade técnica de Mendonça e reconheceu as polêmicas que permearam sua indicação, em especial por conta do aspecto religioso, mas afirmou que ninguém pode ser vetado por sua condição religiosa.

“É uma votação simbólica para o Brasil. [Mendonça] é um servidor federal, com muita dedicação ao serviço público. Mendonça tem todas as condições técnicas de ser Ministro do STF”, afirmou.

Durante a sabatina, Mendonça disse defender o Estado laico, acrescentando que a igreja a qual pertence, presbiteriana, é uma das que sempre defendeu a separação entre Estado e igreja. Defendeu, também, “a liberdade religiosa de todos os cidadãos, inclusive daqueles que optam por não ter religião”, adiantando, no mais, que não haverá “espaço para manifestação pública religiosa durante as sessões do STF”.

Ele disse, ainda, que respeitar a democracia é um “compromisso de respeitar as instituições democráticas, em especial a independência e harmonia dos poderes da República”.

A sessão no Senado aconteceu somente quatro meses após a indicação do nome de Mendonça feita pelo Presidente Jair Bolsonaro. A demora chegou a ser vista por alguns como uma tentativa do Presidente do CCJ, Senador Davi Alcolumbre – DEM/AM de barrar a indicação.